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crônica

Freud explica

Oito de janeiro. Muita gente se perguntou o que levou aquele grupo de pessoas a depredar prédios públicos em Brasília em 2023. A data constará nos livros de história, sem dúvida, fatos, contextualização. Agora, o que motivou aquela massa a adotar a violência como método, só Freud explica. Vou caminhar em terreno pantanoso, já que […]

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crônica

Dilemas da vida a dois: discutir a relação

Lembro-me bem do horário que começara a “discussão” sobre a relação. O velho G-Shock denunciou; 21:30 tinha chegado. Horário que os mais íntimos (próximos, ou algo do tipo) sabem que normalmente já estou me entregando aos braços de Orfeu. E de lá é muito difícil de me arrancar. Muito mesmo. Minha velha mãezinha costumava dizer […]

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crônica

Café: quente, quentinho, fervendo

O sujeito chegou na cafeteria no fim da tarde coberto da cabeça aos pés, enluvado, mascarado, cabisbaixo. Precisava muito de um café para manutenção da sua saúde mental. Era calmo, otimista e tudo o mais. Contudo, naquele dia, estava se sentindo como se o capeta tivesse aberto as portas do inferno. Logo cedo, tinha recebido […]

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crônica

A atendente muda e o garçom sorridente.

Dia de prova. Como de costume, o plano é chegar uma hora antes e repassar uma última vez o conteúdo antes de vomitá-lo na folha de papel. Para aguentar a batalha matinal, depois de poucas horas de sono, preciso de um café. — Bom dia! — Eu odeio manhãs, mas sou minimamente educado. A mulher […]

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crônica

Novos sabores

Lá pelos 15 anos, sempre tomava um cafezinho com açúcar, na casa da minha tia, acompanhado por bolinhos de chuva.  Não sei exatamente quando passei a afirmar, convicta: “Não tomo café”. Há anos, o chá verde passou a ser meu companheiro das leituras, trabalho e treinos.   Geralmente, quando vou trabalhar presencialmente e passo pra comprar meus […]

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crônica

Café com ódio

Preciso repetir o quanto eu odeio acordar cedo? E o pior: você viaja esperando descansar o máximo possível e é obrigado a acordar cedo pra ter direito ao café da manhã da pousada. Eu havia chegado na tarde do dia anterior, sem tocar nesse assunto, apenas perguntei à moça da recepção se ainda haveria algum […]

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crônica

Afetos e borras

Quando criança, aprendi a ler a borra do café. Minha avó me ensinou, arte que aprendera com a sua mãe e esta, por sua vez, aprendera de sua gente. Claro, como moleque, lia mais por chalaça que por segurança no dom premonitório. Ainda de garganta quente, esfumaçando pelos poros, língua dilatada do café da tarde […]

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crônica narrativa

O QUE VOCÊS QUEREM DE MIM?

O que vocês querem de mim? Me faço essa pergunta todos os dias, como deve se perguntar, todos os dias, um pássaro trancafiado numa gaiola de 40 por 20. Acho que é assim que me sinto. Nem sei mais quanto tempo perdi tentando encontrar a porta da sala vazia em que me encontro. Ou talvez […]

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crônica

Uma colher de sopa de pó para uma xícara de água

Enquanto eu estagiava, aprendi a fazer café. Eu, que chegava alguns minutos antes do horário de início do expediente, aproveitava o adiantado da hora para prestar uma gentileza aos colegas preparado-lhes um café. Foi nessa época que aprendi inclusive as medidas para a sua feitura: uma colher de sopa de pó para uma xícara de […]