Se tivesse que escolher somente uma palavra para definir a autora Renata Py, escolheria “serenidade”. Essa autora que conheci pelas andanças nas redes sociais transmite tranquilidade em seus pequenos contos no Instagram e também em seu livro “Firmina”, publicado há mais de dois anos. Sua forma muito brasileira de dar vida a personagens cativantes é de grande inspiração. Te convido a se inspirar com a trajetória da Renata você também lendo essa entrevista!
Como você se chama e a que se dedica quando não está escrevendo
Me chamo Renata Py, além de escrever sou professora de yoga.
Quando se descobriu escritora?
Quando comecei a querer dar vida às personagens que saiam nas minhas fotos de pequenas cidadezinhas do Brasil. Surgiu, assim, uma coletânea de mini-contos. Mandei para a seleção do CLIPE (Curso livre de preparação do escritor) da Casa das Rosas e passei. Fiz um ano de oficinas com professores muito bacanas e não parei de escrever, até então.
Sobre o que você escreve? O que te inspira?
Escrevo sobre muitas coisas. Mas eu gosto mesmo é de escrever sobre personagens brasileiros com seus costumes, crenças e histórias. Nosso país é amplamente rico, em inúmeros aspectos – tradições, folclore, cores, natureza, música, dança…
Como você descreveria o seu estilo de escrita?
Eu não sou capaz de definir o meu estilo. Sei apenas que gosto de uma prosa simples, cheia de trejeitos brasileiros. Temos muitas palavras e expressões simpáticas usadas em todos os cantos do nosso país. É o que me encanta, na verdade, usar aquele jeitinho da conversa. O brasileiro é altamente musical, até em sua fala e sotaques.
Por quais canais você publica seus textos?
Publico alguns contos no Medium, mini-contos no Instagram. Já tive um blog sobre rock chamado Rock’n Py e fui editora da Punknet. Lancei o livro Firmina, em 2019, pela Laranja Original.
Quais são as suas principais referências?
Minhas referências mais queridas são as histórias do García Marquéz e sua mágica cidade de Macondo, Ariano Suassuna e seu jeito doce de falar, a fantástica escrita de Guimarães Rosa, o lirismo espetacular do Raduan Nassar e a humanidade do Jorge Amado e Érico Veríssimo.
Como é ser escritora independente?
Ser escritora independente requer um pouco de criatividade. Hoje em dia está mais fácil mostrar o trabalho devido as redes sociais. A internet nos possibilita, também, encontrar coletivos e projetos interessantes no ramo da literatura. Como tudo na vida, também requer disciplina. E claro, tem que amar ler, LER, ler e escrever.
Quais foram os seus principais desafios nessa jornada?
Acho que o meu maior desafio quando quis escrever um romance foi manter a coragem de escrever todos os dias, mesmo sem saber se um dia seria publicado. Escrever por prazer, ter a segurança e acreditar nas histórias que se escreve. Ouvir experiências negativas na área e não se abalar, identificando que cada caso é um caso. Manter a minha identidade independente de sugestões (que, inclusive, sempre são bem-vindas).
E as maiores conquistas?
Minha maior conquista na área foi ter publicado Firmina, em 2019.
Que escritores nacionais e independentes você admira e recomenda
Indico muitos autores nacionais e independentes, entre eles: Alex Xavier, Dani Rosolen, Nathalie Lourenço, Eduardo A. A. Almeida, Filipe Souza Leão, Germana Zanettini, Laís Barros Martins, Nelson de Oliveira, Nara Vidal, Itamar Vieira Junior, Socorro Acioli, Rodrigo Lacerda… provavelmente esquecerei de citar vários nomes que vou lembrar depois.
Quais são as suas 3 dicas de ouro para quem está começando
Disciplina – Pesquisa – Leitura.
Quais são seus planos para o futuro como autora independente
Viver um dia por vez. Escrever com calma de ancião e não ficar afobada pensando apenas em publicações. Estou com um romance novo pronto, descansando um pouquinho na gaveta e esperando uma fase mais amena no mundo para ser mandado para editora.
Por onde o público pode conhecer o seu trabalho?
Tenho contos no Medium, mini-contos no Instagram e meu livro pode ser encontrado no site da editora Laranja Original.

Me chamo Regiane, tenho 31 anos e sou natural de São Paulo. Me formei em jornalismo e desde então trabalho com comunicação, principalmente produção de conteúdo e marketing. Tenho uma página no Medium, na qual publico periodicamente desde 2017, além de escrever para outros portais e manter uma newsletter mensal no Substack. Em 2020 publiquei meu primeiro livro, “AmoreZ”, tanto em português como em espanhol. E em 2023 estou publicando meu segundo livro, “Mulheres que não eram somente vítimas”, com a editora Folheando.