Há anos sigo a Maria Vitória nas redes sociais e admiro o seu trabalho não só como autora, mas também como empreendedora. Me lembro do dia que caí no site dela, A Estranhamente, procurando blog posts sobre escrita independente.
Quando você escuta a Maria Vitória falar sobre o trabalho como escritora em suas lives no Instagram, relatos e cursos, a sua paixão pelo que faz é a primeira coisa que te cativa! Recomendo a todos os escritores independentes que conheçam e aprendam com essa gênia.
Como você se chama e a que se dedica quando não está escrevendo?
Me chamo, Maria Vitória e quando não estou escrevendo me dedico a aprender sobre comunicação e marketing, aos livros de mulheres contemporâneas e a descobrir lugares novos pela cidade.
Quando se descobriu escritora?
Comecei a escrever aos sete anos, mas só descobri realmente que era escritora aos 26 anos quando de fato me aceitei e decidi fazer da escrita a minha única forma de sobrevivência.
Sobre o que você escreve? O que te inspira?
Eu costumo escrever crônicas e poemas em sua grande maioria, mas para além da literatura eu escrevo sobre qualquer tipo de assunto, principalmente sobre o universo da tecnologia.
Observar a humanidade e conversar com o universo em silêncio é o que me inspira. Poder aprender coisas novas sobre outras óticas, através de conversas com pessoas desconhecidas é o que me motiva e me mantém inspirada todos os dias.
Como você descreveria o seu estilo de escrita?
Poético e subversivo. Tudo o que escrevo é uma espécie de vômito quente calejado que expurgo na intenção de dar vazão aos meus demônios interiores e, principalmente, subverter os padrões estéticos das coisas.
Por quais canais você publica seus textos?
Atualmente eu possuo 10 canais diferentes de publicação dos meus textos e do meu trabalho num todo como escritora. Tudo começou com meu blog, A Estranhamente em 2017 e foi se espalhando.
Possuo uma zine chamada Eu Fragmentada que é formada por 21 crônicas autobiográficas que falam bastante sobre um período longo de depressão, tentativas de suicídio e uma relação entre álcool e drogas, solidão e relacionamento com mulheres.
Quais são as suas principais referências?
Minha referência maior é o escritor, Henry Charles Bukowski e também as autoras, Monique Malcher, Dia Nobre, Jarid Arraes, Aline Bei e Tita Tuif.
Como é ser escritora independente?
Pra mim é um grande processo de descobertas constantes e superação de desafios e medos internos e subjetivos. Encaro o fato de ser escritora independente como um caminho para a construção de um legado. Hoje em dia não me vejo mais tanto como uma simples escritora independente, mas sim, como uma escritora empreendedora que passou a encarar a escrita como a única forma de viver e de impactar a vida de outras pessoas.
Quais foram os seus principais desafios nessa jornada?
Perceber que se eu quisesse de fato mudar a minha vida e ser reconhecida pela minha escrita eu teria que me superar dia a pós dia e, principalmente, teria que conquistar tudo o que desejava sozinha, sem contar com ninguém.
Por isso, os meus principais desafios foram de aprender a me reinventar todos os dias, assim como continuar escrevendo e frequentando espaços onde eu era a única mulher negra que escrevia.
Até hoje eu encaro a dificuldade de alcance e não reconhecimento de escritoras negras e independentes como um grande desafio. Porém, eu continuo escrevendo para que as outras que virão depois de mim possam se inspirar nos caminhos que trilhei e nos espaços que ocupei.
E as maiores conquistas?
Minhas maiores conquistas foram ter dado vida ao Universo A Estranhamente, minha plataforma de cursos para escritores. Além de ter meu trabalho compartilhado por grandes mídias e influenciadores como: Mídia Ninja, Jornalistas Livres, Almas Pretas e Djamila Ribeiro.
E ainda, ser selecionada em meio a mais de 50 milhões de pessoas no LinkedIn para fazer parte de um time seleto de criadores de conteúdo no programa Creators.
Além é claro, de ter impactado diversas mulheres que escrevem através dos meus conteúdos que sempre motivam e apoiam todas que precisam continuar sonhando que viver de escrita é um sonho possível.
Que escritores nacionais e independentes você admira e recomenda?
Admiro e recomendo as autoras: Monique Malcher, Dia Nobre, Thainá Carvalho, Mel Duarte, Luz Ribeiro, Isabella de Andrade, Samysia Almeida, Maria Luiza Machado, Mell Renault, Fernanda Rodrigues e Michele Machado Fernandes.
Quais são as suas 3 dicas de ouro para quem está começando?
Observe e ouça mais antes de pensar em começar a escrever ou se tornar de fato escritora profissional.
Se questione se realmente está disposta a viver da escrita, independente do tempo que vai levar para que tudo dê certo.
Vá na contramão do mundo e seja alguém que cria algo diferente na literatura ou na escrita de um modo geral, do que todo mundo já esteja fazendo.
Quais são seus planos para o futuro como autora independente?
Meus planos é tornar o A Estranhamente maior e mais reconhecido do que ele é hoje e quero lançar diversos livros de ficção e não ficção a partir do próximo ano que sejam capazes de tornar o meu legado no mundo ainda mais inesquecível.
Por onde o público pode conhecer o seu trabalho? Redes sociais, etc?
Podem me encontrar no Blog, Instagram, Linkedin, Telegram, Youtube, MediumTwitter, Pinterest, Facebook e Newsletter.

Me chamo Regiane, tenho 31 anos e sou natural de São Paulo. Me formei em jornalismo e desde então trabalho com comunicação, principalmente produção de conteúdo e marketing. Tenho uma página no Medium, na qual publico periodicamente desde 2017, além de escrever para outros portais e manter uma newsletter mensal no Substack. Em 2020 publiquei meu primeiro livro, “AmoreZ”, tanto em português como em espanhol. E em 2023 estou publicando meu segundo livro, “Mulheres que não eram somente vítimas”, com a editora Folheando.