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É MENINA OU MENINO?

A pergunta clássica diante de uma mulher grávida pode hoje gerar um debate efervescente sobre orientação sexual, fazer com que dezenas de tios, avós e amigos comprem parte do enxoval ou iniciar uma mega organização para o famoso chá revelação, no entanto, nessa pergunta tradicional se a resposta for “É menina” pode evidenciar que algumas providências devem ser tomadas. Você duvida? Então, vamos lá! 

INFÂNCIA: 

— Como tá fofinha! Não acha que tá dando comida de mais a essa criança? 

— Eita! Mais essa gosta de comer, hein!? 

— Meu Deus! Essa criança não come nada! Como é enjoada para comer. 

— Olha, que tal a festa ser dessa princesa? Olha como ela é linda! 

— Meninaaaaa, vem cá! Esse cabelo vai assustar os amiguinhos. 

ADOLESCÊNCIA  

Aqui, não cabe falas porque todo incômodo vem da linguagem não verbal. Sim! Incômodo, porque antes de você perceber que seu corpo mudou o olhar masculino já percebe e já emite sinais nada educados. E toda censura estética que começa na infância não some. É justamente aqui que ganha corpo e forma, e dores, porque cólica é uma coisa muito dolorosa e o primeiro amor sempre parte o coração. 

VIDA ADULTA 

É nessa fase que a falácia sai do dicionário e vem te fazer companhia. Muitos sorrisos e até juras de amor são proferidas de uma tão educada que quando você percebe, você trabalha mais e ganha menos. Você está presa a uma relação tóxica (e não me refiro apenas a namoros e casamentos) e você se olha no espelho e não se vê porque a auto estima vai embora… 

VIDA ADULTA PARTE 02 

— Nossaaaa! Você envelheceu muito. 

— Você precisa se cuidar mais. 

— Você não entende, porque não é da sua época. 

EPÍLOGO: 

“Eu sei que a gente se acostuma. Mas, não devia.” 

PS. Preparem as meninas e converse com as mulheres. 

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