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Quando setembro chega

Você fica mais contente? Ainda tá dando tempo de ficar mais contente por causa de virada de mês? Tomara. Faço votos!

Vou me explicar: é que setembro tem uma aura de recomeço quando o ano já está mais para o final. Um fôlego novo. Setembro está para o ano como o sábado para a semana. Eu acho.

Janeiro e setembro são meus preferidos. O primeiro, por motivos óbvios: festa, esperanças, promessas, “hora da virada”! Também é época de férias, verão, sol, praia. Os dias são maiores, mais ensolarados, a vida, de novo, se descortina diante de nossos olhos e tudo passa a ser possível pelo milagre da meia-noite no relógio. E eu nasci em janeiro! Meu ciclo recomeça em meio a toda essa atmosfera de “agora vai!”. Devo ter sido influenciada desde menina, vai saber.

Bem, a sensação coletiva de “ano que vem será melhor” dura uns dois meses. Depende da realidade de cada um, é claro. A começar pela pergunta mais recorrente: o carnaval esse ano é em março?

Então, o semestre corre. As promessas de ano novo são reajustadas, refeitas ou esquecidas. Vamos levando. O inverno chega, a gente reclama do frio (quem gosta, se vinga!), reclama do tempo voa, que não tem tempo pra nada, que o custo de vida subiu desde o ano passado, que o trânsito está pior a cada dia… e depois do céu cinza e dos ventos de agosto, setembro aparece, glorioso, como um sopro bem-vindo de ânimo!

Os dias não são quentes nem frios, o céu é o mais azul. A brisa levanta as cortinas, as folhas ficarão verdes outra vez, logo veremos flores. E os planos para o fim de ano ressurgem a pleno vapor.

Quando setembro chega, fica mais fácil inventar um motivo para sorrir.

Sol de primavera
Abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender

SOL DE PRIMAVERA, BETO GUEDES

Uma resposta em “Quando setembro chega”

Concordo com você. Setembro sempre é um mês de recomeço, pena que aqui no Rio Grande do Sul esse setembro foi ofuscado pela tristeza dos que perderam tudo e pela praticamente a extinção das cidades atingidas.

Mas é aquela história de nunca perder a esperança mesmo nos momentos mais complicados. Afinal, já que tu falastes de música, parafraseio uma dos meus ídolos de adolescência, Renato Russo, o sol sempre brilhará porque voltará amanhã mais uma vez.

Até a próxima.

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