Família não é no trampo. Lá a relação é apenas profissional, horas extras de graça, sem nenhum ganho, sua vida deixada de lado para o “chefe” enriquecer.
É isso que você quer?
Aprenda se valorizar, senão é o que vai ser.
Receber pelo que trabalhou, o quão justo seu salário for, o patrão foi quem ganhou.
Viagens para Europa, Estados Unidos e o mundo do dinheiro ao dispor; jantares caros, aventuras que você nunca imaginou.
E aquele aumento que nunca vem, tu trabalha dobrado para o patrão falar que a situação está muito difícil, que o imposto toma tudo o que ele tem.
Dom Helder ensinou: dar comida para os pobres, em Santo ele se transformou; perguntar por que tanta miséria o Brasil? Os ricos apontaram o dedo, mais um comunista a igreja tem.
Quantas vezes você escutou do seu empregador: sindicato é coisa de vagabundo, quer ganhar nas costas do assalariado e tirar tudo que o empresário conquistou?
Já se perguntou, por que um grupo de iguais: exigir melhores condições de trabalho, uma remuneração justa, transformará pessoas em malandros?
Marcelo D2 deu a letra:
“Eles querem que a gente sonhe se vestir igual eles
Falar igual eles, pra trabalhar pra eles
Mas comigo não, relíquia
Eu ‘tô aqui pra desafinar o coro dos contentes’”.
Ednilson Valia foi, é ou será? Ele gostaria de muito saber. Sabemos que escreve para não enlouquecer. Nem a última frase é original, Bukowski a disse em algum livro. A certeza que nos paira é que gosta de escrever e ser lido.
4 respostas em “Não beije o pé do Patrão!”
Reflexão triste, atual e real. Real demais…Parabéns pelo texto, Ednilson.
Lambe-botas (não só do patrão) é uma categoria que vem crescendo muito no Brasil e no mundo atual. Ou, talvez, nem esteja se multiplicando, de verdade, apenas está sendo influenciada s a se orgulharem de sua subserviência.
Corrigindo o texto *influenciada a se orgulhar…
Pois é, Ednílson. O capitalismo é bastante injusto com aqueles que trabalham pra caramba enquanto poucos desfrutam de tudo e mais um pouco as custas deles.
Aqui me faz lembrar Clint Eastwood com aquela frase célebre do filme O Bom, O Mau e O Feio: Existem dois tipos de pessoas nesse mundo, os que portam armas e os que cavam.
Parafraseando isso pra nosso debate, no mundo capitalista existem dois tipos de pessoas: os que trabalham feito burros nos campos e cidades e os que lucram sem sujar suas próprias mãos.
Por isso, concordo contigo, meu amigo. Não seja um lambe-saco de patrão, mas faça seu próprio caminho sozinho, se puder.
E pra terminar, Ednílson, ainda no trabalho existem dois tipos de pessoas: Os que se esforçam pela empresa e são demitidos e os que bajulam os poderosos e ganham todas as benesses.
É isso. Um grande abraço e até a próxima.