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crônica

Canção do entardecer das horas

Os dias são um tanto iguais quando não se tem futuro. A gente vive milhões de presentes e só quer voltar ao passado. Ah, como eu queria chegar na folha de papel e não usar da “minha metralhadora cheia de mágoas”. Queria que escrever fosse algo corriqueiro e até banal. Mas não, tudo que escrevo […]

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narrativa

As pequenas coisas

Como o rio aqueles homens são como cães sem plumasum cão sem plumas é mais que um cão saqueado;é mais que um cão assassinado. Na paisagem do rio difícil é saber onde começa o rio;onde a lama começa do rio; onde a terra começa da lama;onde o homem, onde a pele começa da lama;onde começa […]

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crônica

Eis minha carta ao mundo que a mim nunca escreveu.

Singelas Notícias que a Natureza deu –Com Majestade e DoçuraSua mensagem se destinaA Mãos que nunca verei –Por amor a Ela – doces conterrâneos –Julgai-me com ternura Emily Dickinson Acredito que todo o espaço entre a maternidade em que eu nasci e o meridiano de Greenwich, chamado “longitude” foi marcado pelo meus pequenos dedos de […]

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crônica

Sou invisível

Sou invisível. As pessoas me veem, mas não me enxergam, me escutam, mas não me ouvem. Estou caminhando pelas ruas repletas de rostos que não conheço. As sensações da vida chegam-me como um tapa na face. A cada passo aumenta a urgência por algo que desconheço. As avenidas em Brasília são largas, mas não me […]

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crônica

A tristeza dos que ficam, a miséria dos que partem

“Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormirA certidão pra nascer e a concessão pra sorrirPor me deixar respirar, por me deixar existirDeus lhe pague” Chico Buarque Mães nos portões, filhos que descem a ladeira. Mães nas orações, filhos na sala de espera. Mães que choram, filhos que partem para nunca mais voltar. […]

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crônica

O grito da periferia encarnado no gringo

Reservo-me nesse texto a tristeza e nostalgia. Dida, Indio, Adilson, Fábio Luciano e Kleber; Rincón, Vampeta, Ricardinho e Marcelinho; Luizão e Edilson. Técnico Oswaldo de Oliveira. Ignorado pela elite, o povo(parte dele) tinha no Corinthians, não um time e sim um grito da periferia. O paulistano é alienado e vassalo do papo patronal: “SÃO PAULO, […]