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As inspirações do autor Rodrigo Tavares

O Rodrigo Tavares é um dos escritores que eu via pelas redes e pensava “imagina se ele vai me dar bola se eu mandar uma mensagem!”. Lembro de meditar se deveria tentar entrar em contato com ele ou não enquanto brincava com a ideia de publicar meu livro. Um dia criei coragem e decidi tentar a sorte: mandei uma mensagem pro Rodrigo pelo Instagram fazendo algumas perguntas sobre a experiência de ser autor independente. Vocês nem imaginam a minha surpresa quando ele não só respondeu, mas foi super simpático e atencioso!

Esse foi o meu primeiro contato com a comunidade de autores e autoras independentes e, logo de cara, percebi o espírito de colaboração que existe entre a galera que se dedica à escrita no Brasil. A partir desse primeiro feedback do Rodrigo, me joguei de corpo e alma na carreira de escritora e sou muito grata a ele não só por esse papo, mas por tudo que sempre compartilha e como continua dividindo sua experiência com sonhadores como eu. Nessa entrevista, espero que também encontre inspiração na jornada do Rodrigo 🙂

Como você se chama e a que se dedica quando não está escrevendo?

Rodrigo Tavares, quando não estou escrevendo sou um bom leitor, além de advogado.

Quando se descobriu escritor?

Muito jovem, descobri o sonho de ser escritor. Até hoje ainda não acredito que consegui realizá-lo.

Sobre o que você escreve? O que te inspira?

Não tenho temas pré-selecionados, mas tenho um compromisso pessoal de escrever histórias que se passem longe do universo das capitais, das grandes cidades e do egocentrismo dos escritores em dificuldade para escrever. O que me inspira é o campo e suas possibilidades.

Como você descreveria o seu estilo de escrita?

Pergunta difícil. Eu gostaria que ele fosse um estilo seco, simples, sem firulas – exatamente o contrário do que se chama de “beletrismo”.

Onde podemos encontrar as suas histórias?

Meus livros estão disponíveis nas principais livrarias, sites das grandes distribuidores e nos sites das editoras Pergamus, Zouk e Taverna.

Quais são as suas principais referências?

Minha maior referência é Érico Veríssimo, ele é um norte a ser seguido – um autor que no século passado fazia o que hoje muitos contemporâneos pensam que estão criando. Porém, cada livro tem seu universo próprio de referências, por exemplo: o “Noite Escura” bebe nas fontes da pulp fiction de Dashiel Hammet, “Andarilhos” no regionalismo de Ricardo Guiraldes e Barbosa Lessa, além do próprio Verissimo, e o “Ainda que a terra se abra” tem como referências autores mais contemporâneos como Daniel Galera, Carol Bensimon e Coetzee.

Como é ser escritor independente?

É um desafio constante, pois não basta pensar apenas no livro, tem que estudar o mercado, saber de marketing, e trabalhar para ser notado.

Quais foram os seus maiores desafios nessa jornada?

Furar a bolha das grandes editoras e conseguir formar um público leitor, sem o apoio de nenhuma grande instituição ou prêmio dando aval.

E as maiores conquistas?

Ser lido. Cada leitor, cada avaliação e cada contato que algum leitor faz comigo são minhas maiores conquistas.

Que escritores nacionais e independentes você admira e recomenda?

André Timm, Davi Koteck, João Nunes, Renata Belmonte, Ivandro Menezes, José Francisco Botelho, Kelli Pedroso, Danielle Sousa.

Quais são as suas 3 dicas de ouro para quem está começando?

Ler muito, compartilhar com leitores beta os textos antes de lançar e investir em publicidade, se possível.

Quais são seus planos para o futuro como autor independente?

Meu plano é o hoje, é estar vivo, é aproveitar o dia, é festejar cada leitor novo que me descobre. Se continuarei independente? Provavelmente, não tenho o perfil que o capitalismo literário vende hoje em dia, portando seguirei investindo em contar boas histórias. Aliás, já estou pesquisando para o próximo livro, que deverá ser um romance histórico.

Por onde o público pode conhecer o seu trabalho?

Existe a Fanpage para o pessoal do Face, mas onde estou sempre é no Instagram.

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